
Preocupação Produtiva ou Improdutiva: Aprenda a Reconhecer a Diferença
Aprender a distinguir entre preocupação produtiva e preocupação improdutiva pode ser muito útil para reduzir a ansiedade. Não devemos generalizar e pensar que toda preocupação é sem propósito. Às vezes, se preocupar é necessário para nos manter seguros e evitar problemas.
No entanto, é prejudicial ficar preso em pensamentos que apenas nos deixam tensos, estressados e com medo. Então, como podemos diferenciar essas duas situações? Quando devemos prestar atenção às preocupações e quando devemos descartá-las?
Ao conhecer as características da preocupação produtiva e os sinais da preocupação improdutiva, você será capaz de tomar decisões mais benéficas para si mesmo. Continue lendo para descobrir o que considerar ao avaliar a natureza de suas preocupações. Ao fazer essa distinção, você será capaz de lidar com elas de forma mais saudável.
A preocupação produtiva estimula a ação:
Uma preocupação construtiva alerta sobre os cuidados que devemos ter. Por exemplo, se você tem um exame no final de semana, é prudente considerar a hora de chegada para evitar ser desqualificado por atraso.
Portanto, se sua preocupação o leva a verificar o transporte disponível, estimar o tempo necessário para chegar ao local e planejar seu trajeto com antecedência, é bom ouvir essa preocupação. Nesse caso, a preocupação está relacionada a coisas que você pode controlar e incentiva a adoção de medidas práticas para reduzir os riscos.
No entanto, a situação muda quando a preocupação está ligada a hipóteses intangíveis que estão além do seu controle. Tentar prever acidentes de carro no caminho, imaginar que ficará preso no metrô ou visualizar que o endereço do local do exame pode mudar sem aviso prévio são exemplos de preocupações improdutivas, pois são imprevistos que fogem da sua capacidade de preparação.
Ter um "plano B" é positivo, mas se precaver de todas as eventualidades é apenas desgastante, infrutífero e extremamente angustiante.
Preocupações produtivas apontam para soluções:
Uma característica essencial da preocupação produtiva é que ela tem uma solução. Ou seja, não tem a intenção de deixá-lo apavorado, preso em um ciclo de pensamentos negativos.
Por exemplo, voltando ao exemplo do exame, se você deseja se sair bem, sabe que precisa estudar os conteúdos que serão abordados. Estudar é uma solução viável, concorda?
No entanto, estudar não garante que você acertará todas as respostas. Se sua preocupação é garantir 100% de acertos, essa preocupação não tem uma solução realista.
Preocupar-se em ter 100% de aproveitamento, em vez de se preocupar em ter um bom desempenho com possíveis erros, provavelmente causará mais nervosismo e fará você duvidar de suas habilidades enquanto estuda. Isso pode até levá-lo a desistir do exame porque sente que está falhando no objetivo.
Quando encontrar uma solução viável, coloque-a em prática. Descartar uma solução só porque não é perfeita ou continuar se preocupando, mesmo depois de encontrar uma solução plausível, é uma decisão desnecessária e desgastante .
Ficar preso em pensamentos improdutivos só causa tensão e estresse. Não é saudável ficar preso em pensamentos que só deixam apreensivo e hipervigilante, fomentando a ansiedade disfuncional.
A preocupação produtiva é limitada:
Passar horas ou dias analisando um problema de todos os ângulos geralmente resulta em ansiedade acentuada. Ao agir assim, você revisa todos os "e se..." que surgem, sem chegar a resoluções satisfatórias. Também pode sentir que o assunto fica indo e voltando, como se estivesse constantemente questionando as soluções encontradas.
Ao contrário da preocupação excessiva, a preocupação produtiva não se prolonga por muito tempo e tem um foco específico. Para ser construtiva, a preocupação deve se concentrar em uma coisa de cada vez, sem pular de uma possibilidade para outra.
Lembrando do exemplo do exame, suponha que você esteja preocupado com os materiais que precisa levar para a prova. Essa é uma preocupação válida, pois é específica, razoável e tem um propósito prático. Então você verifica a lista, vê que precisa levar uma caneta preta, lápis e borracha. Você providenciou tudo o que era necessário? Ótimo, o assunto está resolvido.
Mas se você ficar duvidando se leu a lista corretamente e, deitado na cama, ficar pensando que esqueceu algo, não há nada de produtivo nisso. E pior ainda é começar a imaginar que seu esquecimento causará uma série de eventos desagradáveis, podendo levar ao cancelamento do exame!
Preocupações improdutivas têm essas características: são ilógicas, exageradas e partem de um detalhe para imaginar uma reação em cadeia terrível de acontecimentos. Se perceber que seus pensamentos estão seguindo nessa direção, saiba que está apenas alimentando sua ansiedade.
Preocupações produtivas não exigem controle total.
É natural se preocupar com aquilo que é importante para você. Não pense que lidar com preocupações de maneira saudável significa estar completamente tranquilo ou indiferente aos problemas.
Mesmo fazendo tudo o que está ao seu alcance, é possível que a preocupação ainda cause algum desconforto. E isso não é errado. A incerteza faz parte da vida, e tentar eliminá-la completamente pode não ser um objetivo alcançável em várias situações.
Preocupar-se de maneira produtiva significa entender que você não pode controlar tudo o que acontece. E sim, as coisas podem ser diferentes do que você previu.
Ao se preocupar de forma eficaz, você assume a responsabilidade pelo que pode fazer concretamente, sem sobrecarregar-se. Você tem a capacidade de influenciar os eventos da sua vida, mas controlá-los é uma habilidade que você nunca terá.
Aceite suas limitações e entenda que a preocupação não é um inimigo a ser eliminado. O truque é mantê-la gerenciável, adotando atitudes viáveis e racionais, para que as incertezas não o paralisem.
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